sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cambridge, Massachusetts






Quero apresentar a cidade sob a minha perspectiva. Pelo pouco que pude observar até agora, Cambridge é uma cidade interessante, pois é ao mesmo tempo cosmopolita (inúmeros estudantes estrangeiros, pessoas com alto nivel de escolaridade e de várias partes do mundo e também alguns mendigos), com um ar provinciano. Muitas casas em vez de edifícios, ruas tranquilas, pouco trânsito, metrô não muito cheio, pessoas com um ar mais despreocupado, especialmente se comparadas aos novaiorquinos.

Não conheço a cidade homômina da Inglaterra, aliás AINDA não conheço este país (dois incidentes seguidos me fizeram perder a oportunidade), porém, penso que a arquitetura local remeta à da cidade inglesa, já que estamos na Nova Inglaterra.

As faculdades de Harvard apresentam alguns contrastes. Uma parte mais tradicional e outra bem moderna, mesmo que mantendo o padrão ingles, e nisto se inclui o prédio -na verdade dois, um em cada lado da rua- do Department of Government (...is one of the leading political science communities in the United States. Our faculty represent a broad spectrum of backgrounds, methodologies and approaches. We have strength in teaching and research not only in the four fields of political science—American politics, political theory, comparative politics, and international relations—but also in the areas of formal theory, methodology, and political economy.)

No geral, as cidades marcadas pela presença de centros universitários são mais acolhedoras, além de bastante diversificadas no que diz respeito às tribos que interagem umas com as outras. Aqui, em contraste, não se vê essa mutiplicidade de estilos. Evidente que estou falando do ponto de vista estético,isto é, da maneira como se vestem, porque não tenho mais dados sobre quais são os grupos que convivem na universidade.
Não sou afeita a generalizações, inclusive sou relativista ao extremo; contudo, o povo daqui parece ser bastante esnobe. Mas, eles podem! Estudam em Harvard, a melhor (e mais cara) universidade do mundo!

É inegável que a cidade tem um atmosfera intelectual, eu diria até contagiante. Nos cafés, sempre há muitas pessoas estudando, não só com seus laptops, mas com -pasmem!- livros. Falando nisso, as livrarias daqui não perdem em nada para as do Brasil. A Harvard Book Store tem a vantagem de ter uma grande sessão de sebo em seu subsolo, tirando isso, não tem tantas opções de livro quanto pensei que teria. A Harvard Coop, que é da editora de Harvard, é bem maior (3 andares), mas não é tão grande quanto a Cultura de São Paulo /Av.Paulista. A sessão de Ciência Política deixou a desejar, se comparar com a Saraiva Mega Store do Barra Shopping, por exemplo. Tinham os clássicos, obviamente, e algumas outras obras, até que não só restrita aos autores norte-americanos. Inclusive, dois autores brasileiros na sessão: Mangabeira Unger, professor daqui de Harvard (alguns não o consideram tão expoente da CP brasileira) e um livo organizado por, entre outros, Leonardo Avritzer da UFMG. Na sessão de ficção, advinhem: Paulo Coelho. Vou me abster de comentar este fato.

Um mecanismo muito interessante no site dessa livraria é que todo os cursos da universidade estão relacionados e, selecionando sua área e código da matéria, vem a lista de livros pedidos para a disciplina e os preços (até de usados, se tiver) e você pode comprar tudo de uma vez, online.

A cidade tem todas as facilidades para quem quer realmente estudar. Com várias bibliotecas e cafés/livrarias. E olha que nem fui ainda aos museus e galerias de arte, e são vários. Tenho muita coisa para explorar!!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Nath, estou acomapanhado o seu blog. Seria interessante fotos da cidade e das livrarias e cafés, vou lendo e imaginando cenas de filme americado e vc lá a artista principal... a espera do próx. post... bj e HAPPY EASTER!

from Patricia Rodrigues/Brasilia-DF